segunda-feira, agosto 29, 2011

✽ Mesmo tendo a tua essência

A poesia é como um buraco,
Um grande buraco sem fim
Seu conteúdo é o vazio,
Vazio extenso que é a poesia.
E não o digo a maldizendo,
Pois só o que digo é que é sem fim
E é profunda, densa e complexa,
Então por isso ai de mim.
Ai de mim, acho de novo
E frustrada eu me pergunto:
Como vou eu descrever
Este vazio tão profundo?
Pois mesmo tendo a tua essência,
Não te domino, ó poesia,
Tu me dominas e eu te peço:
Toma a minha melancolia.
E vou enchendo esse buraco
Que é vazio, onde tudo vai,
E os meus versos de incertezas
Neste vazio todo cai.
E então desisto acorbartada
E admito, eu fraca sou,
E mesmo assim, tudo o que tenho
A estes meus versos ainda dou.

*Escrito em setembro de 2005, aos 15 anos.

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