Escrevi uma poesia.
Mas não daquelas todas rimadas.
Não a fiz ao luar, ou ao som da viola,
Mas sob o sol escaldante
Que me aquece, me incomoda
Ao barulho dos carros daquela velha estrada.
Fiz dela o meu grito de liberdade,
O meu brado de vitória por tudo o que já passei,
Pois mesmo presa neste corpo
Com meu poema vou além.
Além do céu, além da dor, além da minha ortografia,
Sou levada a outro mundo onde o sol se faz amigo.
Fiz dela o meu canto
Mesmo que desafinado,
Pois as vezes se deve apreciar
E muitas vezes rir como quem zomba da vida e suas tristezas.
Ou meu canto de angústia
Das noites tenebrosas que passei ao meio dia.
Fiz dela a minha carta de amor,
Sem um destinatário.
Deixei um lugar em branco.
Branco pois não sei quem é,
branco do meu coração.
E tudo o que vivi guardei na mente,
Nas lembranças,
Pois não importa a elas que se encontrem em meus versos.
Mesmo assim os compus,
E fiz dessa poesia
Uma folha em branco.
Branco pois não sei porque,
Branco do meu coração.
*Escrito em setembro de 2005, aos 15 anos.
"E fiz dessa poesia
ResponderExcluirUma folha em branco.
Branco pois não sei porque,
Branco do meu coração."
ADOREIII... (=
- Talita Cesário
Obrigada, Talita!
ResponderExcluirJá passei horas ouvindo vc ler pra mim as poesias mais recém criadas, na escola. E acho que essa foi uma delas!
ResponderExcluirAinda sinto saudade, La!
Beijo.
Bruna P. Alves
Amiga! Que saudades! Poxa, você ouviu tantas poesias minhas mesmo... essa daí é do 3o ano. Tempo mt bom!
ResponderExcluirObrigada por passar no blog, amiga!
Beijo e abraço apertado!